terça-feira, 16 de junho de 2009

"A Idade Média no Cinema"

É de longa data a inspiração de obras da História para roteiros na cinematografia cujos os resultados são, geralmente, duvidosos, inda que sucessos de bilheteria e claro, a máxima de que a sétima arte "não tem compromisso com a verdade" (histórica no caso) e assim, se valendo de uma livre interpretação que pode variar do roteirista ao diretor do filme. Neste sentido, a presente obra resulta interesse por refletir o trato do Cinema ao período medieval, sempre muito envolto numa mística romântica que pouco arrefece ou muda com o pouco realismo nada rigoroso e fiel do cinema.

"Filmes como "A paixão de Joana d´Arc" (1927), de Carl Dreyer; "O incrível exército de Brancaleone" (1966), de Mario Monicelli; "O sétimo selo" (1957), de Igmar Bergman e "Henrique V", de Kenneth Branagh, são algumas das muitas obras analisadas por estudiosos que desvendam, em contraponto aos dados históricos, como a Idade Média foi interpretada pelo cinema."

Fonte: O Globo - Prosa e Verso - pág. 4 em 20 de junho de 2009.

Segue a sinopse:

"A Idade Média era mesmo assim? Pelo menos um em cada dez espectadores terá feito alguma vez esta pergunta acerca dos filmes históricos ambientados no Medievo, geralmente situados entre os séculos V e XV. A questão, legítima, põe em evidência os limites entre realidade e ficção ou entre História e fantasia - polaridades com implicações mútuas que se complementam e se esclarecem. Abordá-las é um dos intuitos dos ensaios aqui reunidos. A linguagem do cinema - como, de resto, a de qualquer objeto que milita no campo das Artes - é metafórica, é subjetiva porque dependente do ponto de vista de um Diretor; é imagética, o que significa escolha de ângulos, de luz, de locações etc., sempre no intuito de conduzir o espectador a uma determinada concepção de realidade, que pode ou não coincidir com a perspectiva do(s) autor(es), uma vez que a película é o que se pode chamar obra aberta."

A Idade Média no Cinema. Ateliê editorial. (2009). (Orgs) José Rivair Macedo e Lenia Márcia Mongelli.

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